sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Apedrejados


Aconteceu de uma vez sermos convidados a tocar em uma escola. Já estávamos com esse tipo de trabalho havia algum tempo, era um trabalho difícil prender a atenção dos jovens e ainda fazê-los participar do momento, cantar, dançar, se libertar do pensamento que os impede de abrir o coração: “O que meus camaradas vão pensar e as minas também”? Da mesma forma as moças pensam. É um ambiente, geralmente inóspito para a evangelização, mas é um trabalho necessário, muito necessário e que traz enormes vantagens para todos, especialmente para a direção da escola que se tiver um trabalho bem feito e contínuo, como fizemos no Municipal de Poá, vai constatar uma diminuição significativa no numero de ocorrências, de violência e até de usuários de entorpecentes. Mas nesta escola onde fomos tocar naquela noite, era diferente, além dos jovens serem extremamente rebeldes, os traficantes perceberam que aquilo que estávamos fazendo, não era bom para seus negócios. Então começaram a jogar pedras na cobertura do pátio onde estávamos e alguns alunos, clientes dos nossos apedrejadores, começaram a incitar os demais jovens e logo o lugar virou um pandemônio. Os organizadores do evento perceberam que nossa integridade física estava comprometida e cuidaram de nos tirar de lá. Enquanto guardávamos os instrumentos e a aparelhagem de som, as pedras continuaram a castigar o galvanizado da cobertura. Saímos de lá escoltados. Tristes, não por não termos conseguido nos apresentar, mas por aqueles jovens terem perdido a oportunidade de mudança radical em suas vidas através do poder do Espírito Santo de Deus. Mas que O Senhor olhe por todos os nossos jovens e lhes de a plena consciência do mal que está em cada porta de escola e muitas vezes, infelizmente, dentro delas.
Paz & Bençãos a todos

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