sábado, 14 de agosto de 2010

Que tipo de vaso você é?


Jeremias 18, 1-6
1.Palavra do SENHOR que veio a Jeremias, dizendo:
2.Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras.
3.Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue à sua obra sobre as rodas.
4.Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu.
5.Então, veio a mim a palavra do SENHOR:
6.Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? -- diz o SENHOR; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.

O oleiro, para quem já viu o seu trabalho, ainda que em vídeo, sabe que ele usa a roda, aquele equipamento que gira com o barro sobre si, aonde o oleiro vai moldando a forma que quiser dar a sua obra.
Para chegar à roda, o oleiro precisa primeiramente escolher a terra apropriada para fazer o melhor barro, e ter, conseqüentemente o melhor vaso. O barro não pode conter impurezas, tais como mato, pedrinhas, gravetos ou outra coisa que interfira no ligamento do barro.
Com o barro apropriado, o oleiro coloca a roda para girar e começa o trabalho de modelação, se por acaso o vaso não está no formato e dimensões que queria, ele pode parar, molhar um pouco mais o barro, desmanchar o que fez e refazê-lo a seu querer. Depois que tem a peça como a imaginou, ele a leva ao forno que atinge temperaturas de até 650 graus. Se houver alguma impureza no barro, o vaso não vai resistir, ele vai rachar exposto a tão alta temperatura.
Isso vai dar mais trabalho ao oleiro que, para não perder o seu trabalho terá que retirar o vaso quebrado do forno e levá-lo ao malho. Trata-se de uma bancada onde uma grade com fios de metal estraçalha o vaso e vai desmanchando o barro até que ele se torne novamente pó, seja limpo da impureza que o fez quebrar e possa, com adição de água, se tornar barro novamente, Daí tornar à roda para ser remodelado e levado novamente ao forno. As impurezas externas, por fora do vaso, são queimadas no próprio forno, não sendo necessário empregar o malho. Apenas impurezas por dentro, na composição do barro, são fatais para a perfeição do vaso.
Depois de ter passado pelo forno, se agüentou, não rachou, não quebrou, o vaso é retirado e está pronto para seu uso.

Assim também acontece conosco. É o mesmo processo, porém temos que nos submeter ao malho de Deus. Temos que saber que não vamos para o malho de Deus porque estamos sendo castigados, Deus nos ama e quer que sejamos perfeitos, como O Pai é perfeito (MT 5,48), mas se há impurezas em nós, não resistiremos e não passaremos pelo forno, vamos quebrar, vamos rachar. Temos que voltar ao malho, para que Deus, O Oleiro, retire de nós as impurezas que nos leva a quebrar, nos faça pó novamente, coloque em nós a Água da vida e faça novo barro. O malho é doloroso? Sim é. O forno é doloroso também, mas não tem como escapar, são as provas, Se não conseguimos passar as provas, quebramos, rachamos e voltamos ao malho.temos que suportar e resistir até o fim. Temos que ter confiança, pois estamos nas mãos do Oleiro. Não há o que temer.
E voltaremos quantas vezes precisar, porque Deus não joga o vaso fora, Ele não desiste de seus vasos. Sofremos de tanto passar pelo malho e pelo fogo, mas é preciso. É necessário purificar o corpo, purificar o barro. E quantas vezes você quer voltar ao malho? Por isso é preciso decidir-se em ser um barro puro, para ser um vaso bom, um vaso perfeito aos olhos do Oleiro. Quando sairmos do forno sem quebrar, poderemos desfrutar do sorriso do oleiro que olha a obra de seu trabalho e satisfeito diz: Todas as minhas obras são perfeitas. Você é uma obra prima de minhas mãos pequeno vaso. Eu Te Amo.

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