terça-feira, 3 de agosto de 2010

Demônio, “Ninja” ?


Hoje quero narrar o pior episódio de cura e libertação que já vivenciei.

Estávamos eu e o Carlos, mais conhecido como “Carlão”,
Esposo da Sandra, minha prima, que cantava conosco no ministério de música.
Tínhamos ido até Ferraz de Vasconcelos fazer oração por um homem moribundo, um caso digno de ser relatado, mas que contarei em outra ocasião, por hora voltemos ao assunto. Tínhamos ficado horas na casa em Ferraz, por isso quando voltamos a Guaianases já era noite, umas dezenove horas mais ou menos. Paramos numa casa de conhecidos e antes mesmo de descermos do carro a esposa do rapaz de quem vamos falar agora, vem em nossa direção assustada dizendo que graças a Deus havíamos chegado. Vale ressaltar que foi uma das primeiras orações de cura e libertação de que participamos, logo no inicio da caminhada, por isso vocês perceberão que havia uma falta de experiência grande de nossa parte, o que tornou o episódio um tanto engraçado.
A esposa nos contou que seu marido estava tomando banho quando visualizou ali dentro do banheiro a sua mãe que lhe dizia “Filho eu vim te buscar” e passou a mão gelada em seu rosto. Seria muita consideração da parte dela, se ela esperasse ele se enxugar, se vestir e se não tivesse morrido logo depois de ele ter nascido. Apavorado ele saiu correndo do banheiro e relatou o acontecido a esposa. Entramos e ele estava quieto num canto e ainda assustado. Perguntamos se poderíamos orar por ele e ele concordou. Assim que começamos a orar aconteceu a manifestação maligna.
Quero frisar aqui as características físicas do rapaz por quem orávamos e as nossas, pois o que se segue vai contra as leis da física. Eu tenho 1.80 mt e tinha 97 quilos, na época (rsrs), o Carlos tem seus 1.90 mt e uns 100 quilos, também na época (ele não vai gostar do comentário...). O rapaz tem 1.65/1.70 mt, não mais que isso e seu peso era aproximadamente uns 65 quilos. Pois bem, quando aconteceu a manifestação eu e o Carlão o seguramos pelos braços, um de cada lado. Ele nos arremessou um para cada lado também. Sem acreditar em tamanha força, nos levantamos e tornamos a segurar-lhe pelo braço a fim de imobilizá-lo e seguir com a oração. Fomos novamente arremessados. O Carlão ficou muito bravo e queria partir para a violência, queria nocauteá-lo com socos, eu o segurei e lhe disse que aquilo iria ferir o rapaz e não o demônio que ali estava. Então ele se acalmou e continuamos em oração. Seguramos-lhe mais uma vez pelos braços, mas desta vez ele não nos lançou longe, não. Ele se apoiou em nós, deu um giro de 360 graus em linha vertical com o corpo e estourou a lâmpada do teto com um chute. Até hoje eu e o Carlos damos risadas nos lembrando dos golpes daquele demônio “ninja”. Depois que conseguimos deitá-lo no chão do quarto onde estávamos, colocamos a mão sobre sua cabeça e continuamos a oração, nossas camisas estavam coladas em nós pelo suor da nossa transpiração. Percebemos que se tratava de uma legião. E quando um saía vinha outros tomar o lugar daquele. Parecia que não acabava mais. Estávamos exaustos, muito cansados, ofegantes e sem fôlego, oramos por horas.
Um dos momentos fortes também foi quando o estávamos expulsando, em Nome de Jesus e ele começou a dizer: “Naldo (Assim me chamam os que me conhecem da infância), Naldo para, sou eu, sou eu Naldo. Para!”
Interrompi a oração e perguntei: “Eu quem?”
Me dando uma cusparada no rosto, soltou uma gargalhada e concluiu:
“Eu”.
Realmente dá vontade de socar a pessoa, mas o Espírito nos recorda a todo instante que não é contra homens de carne e sangue que estamos lutando. Por isso a violência física seria agradável ao inimigo. Temos que manter o controle sobre a carne e caminhar pelo espírito.
Quando ele se acalmou e voltou a si, nos sentamos. Não agüentávamos mais, realmente estávamos destruídos fisicamente. Eu rezava baixinho e pedia ao Senhor que nos permitisse ir embora, desejava que houvesse terminado, mas no meu intimo eu sabia que ele ou eles ainda estavam ali, mas não havia mais disposição nem deles e nem nossa. Talvez pudéssemos continuar outro dia, pensei.
Nesse momento quem chega? O Wellington, meu irmão, da Comunidade Virgem do Silêncio. Tomado banho, cabelo penteado, cheirosinho e descansado. Ficou sabendo da luta que fora travada ali. Eu pedi a Deus no intimo do meu coração que não o deixasse provocar os demônios que estavam como cães acuados. Escondidos e perigosos.
Eu nem terminei de falar isso com Deus e o Wellington já estava de pé, em posição de batalha dizendo que demônio levanta para cair. O Rapaz voou nele como um bote de serpente. E lá fomos nós de novo!!!
Foram mais outras tantas horas até que tudo acabou.
O que seria de nós sem a Misericórdia de Deus?

As recomendações a essas pessoas, depois de algo assim é a mesma sempre: Busquem a Deus em oração, Jejuem, partilhem a Palavra de Deus, busquem os Sacramentos, os demônios não resistem aos Sacramentos. Caminhem na Luz.

Quando nos afastamos de Deus, entramos na região das trevas. Não estou falando apenas de pecados, estou falando que, Deus é Luz, longe d’Ele só há trevas e as criaturas que vivem nas trevas não podem andar na luz e odeiam-nos, porque Deus nos criou Sua Imagem e Semelhança, nos amou desde sempre e está sempre disposto a perdoar-nos as faltas para retomarmos o caminho com Ele. Por isso somos odiados pelas criaturas que habitam nas trevas exteriores. Se insistirmos em permanecer nas trevas, fatalmente seremos mortos e devorados. A escolha é nossa. “Deus nos convida a cada dia a caminharmos na Luz, desfrutar de seu amor, ter a paz no coração e viver em comunhão, sermos seus amigos, porque Ele é, queiramos ou não, o nosso melhor Amigo”.

Quando o espírito impuro sai de um homem, ei-lo errante por lugares áridos à procura de um repouso que não acha.
Diz ele, então: Voltarei para a casa donde saí. E, voltando, encontra-a vazia, limpa e enfeitada.
Vai, então, buscar sete outros espíritos piores que ele, e entram nessa casa e se estabelecem aí; e o último estado daquele homem torna-se pior que o primeiro. (MT 12, 43-45)

Oremos:A Cruz Sagrada seja minha luz
Não seja o dragão meu guia
Retira-te, satanás, nunca me aconselhes coisas vãs
É mau o que ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos
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Crux Sacra Sit Mihi Lux
Non Draco Sit Mihi Dux
Vade Retro Sátana Nunquam Suade Mihi Vana
Sunt Mala Quae Libas Ipse Venena Bibas

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