quarta-feira, 10 de novembro de 2010

trato é trato


Eu estava atrasado para uma pregação que faria no Grupo de Oração
Da Comunidade Rainha da Paz. O Violão já estava no compartimento porta malas do carro.
A chave do porta malas não era a mesma da ignição, então percebi que esta chave, a do porta malas, não estava no chaveiro. Fiquei desesperado, pois já passava das 20 h e a pregação seria as 20:30 h. Não consegui encontrar e iria precisar do violão na pregação, não poderia faze-la sem o violão. Quando já eram 20:20 e eu não obtive sucesso em encontrar a chave, resolvi ir até um chaveiro e o fiz.
O Chaveiro deve ter percebido o meu desespero, com certeza, caso contrário não teria me cobrado R$ 50,00 para abrir uma tampa de porta malas. Pechinchei, mas ele foi irredutível, era pegar ou largar. Paguei resmungando, ele levantou-se tranquilamente, caminhou até o carro, tirou uma mixa do bolso e em um único movimento abriu a tampa do porta malas. Fiquei revoltado e quis reclamar do lucro fácil que obtivera. Mas ele respondeu-me que “trato é trato”l. Saí furioso, nervoso, senti-me enganado, abusado financeiramente e atrasado.
Corri para chegar a tempo, cortei e ultrapassei os veículos que iam a minha frente.
Cheguei à Comunidade com 10 minutos de atraso, carregando o violão.
Mas o Grupo transcorria em momento de oração e com grande unção. Não havia sinal de que a pregação se daria naquele momento. Iria demorar ainda um pouco mais.
Participei da oração, tentando me acalmar de tudo o que passei para chegar até ali.
Então se aproximou de mim um irmão do ministério de música e falou-me ao ouvido.
“Irmão, não precisa do violão não, tem três ligados e prontos para o uso aqui”.
Em silêncio olhei-o nos olhos e graças a Deus ele não lia meus pensamentos.
Senti-me como Noé que construiu a arca com tanto sacrifício. A diferença é que depois que Noé a construiu, choveu.
Fiquei ali com cara de “Bolacha” tentando justificar-me para mim mesmo, quando o irmão que conduzia a oração revela o que Deus lhe dirigia ao coração naquele momento.
Disse ele:
“O Senhor está mandando dizer para um servo que está aqui, que o servo de Deus é compassivo, é cheio de caridade e não dirige como um louco não! Que o servo de Deus tem que dar testemunho, inclusive quando dirige, não pode andar correndo como um desesperado”.
Imagine como eu estava me sentindo...um idiota.
Moral da história:

Tudo o que fizerdes, fazei-o de bom coração, como para o Senhor e não para os homens,
Colossenses 3,23)

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